24/07/2010

Petitinga





"Hoje em dia, quem vê a disposição digna de uma comercial daquelas baterias que duram 8X mais, não poderia imaginar a luta e a vontade de viver da cadelinha Petitinga.
Adotada em uma feira de adoção por intermédio de uma ONG de ajuda aos animais, no dia 5 de julho de 2009.
Após os três primeiros dias em seu novo lar começou a adoecer. Foi prontamente levada ao veterinário e, a partir daí, as coisas que foram descobertas à respeito de sua saúde fizeram com que o médico veterinário desenganasse: "Infelizmente, as chances de cura são mínimas..."
Pitty, como foi alcunhada desde cedo, dava a impressão de ter sido escolhida pela vida para passar por uma provação que testaria todas as suas virtudes.
No começo, desenvolveu uma forte gripe, que mais tarde, evoluiu para uma bronquite. Suas narinas precisavam ser limpas com freqüência, pois ela não conseguia respirar com o muco que minava insistentemente. Além disso, foi diagnosticada a erliquiose, a doença do carrapato, que foi transmitida por sua mãe, ainda na fase da gestação. Como se não bastasse tamanho sofrimento, seu teste de vermes, acusou 4 cruzes, o máximo visto pelo médico no alto de seus 22 anos de experiência. As vermes que consumiam os poucos nutrientes de que ela era capaz de ingerir, a fizeram desenvolver um quadro grave de anemia. Acham que acabou? Seu quadro geral ainda a fazia sentir caimbras que não permitiam que ela andasse e algo mais que era recorrente: Uma contração involuntária e que mais parecia com tentativas de regurgitação. Sangue nas fezes e vômitos eram de praxe. E agora, acabou? Que nada, Pitty ainda era alérgica. Ufa!
Tanta coisa em um único animal?
Como podem ver, meus amigos, até nós mesmos achávamos que talvez fosse melhor para a cadelinha que ela descansasse. Mas sabem, ela não queria descansar. Muito pelo contrário, acho que ela até sabia de algo que seu anjo da guarda havia lhe dito em segredo, pois conseguia forças de onde parecia não existir. Acho até que foi o mesmo anjo que a fez se destacar dos demais filhotes na feira de adoção. Lá no fundo, sentada e quietinha: - "Estes são os pais certos para você!".
Após várias injeções, remédios, vitaminas (Ela até pegou o gosto pela coisa), nebulizações, soros hidratantes e alimentação via seringa, seu quadro foi melhorando: de uma magricela sem forças (dava para contar todas as suas costelas) para uma cadela normal. Sua saúde lentamente foi sendo reestabelecida.
Hoje, quase um ano depois e 100% curada, não apenas alegra nossas vidas como é um exemplo de luta, força de vontade e dignidade. Muito aprendemos.
Agora mesmo ela está por aqui fazendo o que mais gosta: Pulando, mordiscando e recebendo muito carinho.
Depois do muito que passou, nos sentimos felizes e realizados por proporcionar todos os momentos e investimentos que culminaram neste final feliz e que a partir de agora, passa a ser o começo de uma vida longa de companheirismo e amizade com a nossa Petitinga. "

Davi e Katia - Pais da Pitty (apelido da Petitinga)

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